O projeto ACLIEMAC busca soluções para a adaptação às mudanças climáticas em regiões com sistemas energéticos frágeis, promovendo a autonomia e independência energética. O projeto (com código MAC2/3.5b/380) é financiado pelo Programa de Cooperação INTERREG MAC 2014-2020, enquadrado no EIXO 3 do programa "Promover a adaptação às mudanças climáticas e a prevenção e gestão de riscos", especificamente na prioridade de investimento 5.b (Promoção do investimento para enfrentar riscos específicos, garantia de resiliência a catástrofes e desenvolvimento de sistemas de gestão de catástrofes).
O projeto tem duração de 36 meses e uma parceria composta por 13 parceiros das Canárias, Madeira, Açores, Cabo Verde, Mauritânia e Senegal. O Instituto Tecnológico de Canárias é o Beneficiário Principal do Projeto.
Objetivo Específico 1 - Adaptação às mudanças climáticas das infraestruturas energéticas.
Atividade 2.1.1. Diagnóstico do modelo energético atual. Estudo de riscos e prevenção das infraestruturas energéticas:
O objetivo desta atividade é estudar os riscos enfrentados pelo modelo energético atual nas regiões em análise, caracterizadas por sua alta dependência de combustíveis fósseis. Isso visa estar preparado para responder aos efeitos que as mudanças climáticas possam ter sobre as infraestruturas energéticas, minimizando o risco de falta de energia nesses territórios. Isso inclui a projeção de cenários climáticos futuros, análise de riscos e vulnerabilidades do modelo energético atual, propondo medidas preventivas e corretivas e definindo as bases para o desenvolvimento de uma estratégia de adaptação às mudanças climáticas.
Atividade 2.1.2. Geração distribuída, autoconsumo e sistemas de armazenamento de energia como adaptação às mudanças climáticas:
Esta atividade analisa e propõe estratégias de adaptação que permitem a integração de geração distribuída (solar, eólica, cogeração) e sistemas de armazenamento associados à demanda elétrica em áreas rurais/urbanas e áreas industriais. Modelos de operação desses sistemas em situações de emergência meteorológica serão desenvolvidos, assim como ferramentas de previsão de situações de risco.
Atividade 2.1.3. Adaptação das infraestruturas elétricas às mudanças climáticas:
Esta atividade identifica e avalia os efeitos adversos do cambio climático nas infraestruturas elétricas, propondo adaptações para garantir o fornecimento de eletricidade em situações climáticas adversas.
Objetivo Específico 2 - Adaptação às mudanças climáticas na produção e fornecimento de energia.
Atividade 2.2.1. Economia Circular. Valorização energética da fração orgânica de resíduos e outros como adaptação às mudanças climáticas:
Esta atividade busca aproveitar os recursos energéticos próprios dos territórios, integrando resíduos na matriz energética. A valorização energética de resíduos, como FORSU, resíduos agrícolas e florestais, resíduos ganadeiros e avícolas, entre outros, é uma oportunidade para reduzir a dependência energética externa e resolver problemas ambientais.
Atividade 2.2.2. Economia azul. Desenvolvimento de energias renováveis marinhas como adaptação às mudanças climáticas:
A economia azul desempenha um papel crucial na adaptação às mudanças climáticas, especialmente em regiões insulares. Esta atividade avalia riscos e vulnerabilidades em áreas costeiras, promovendo o desenvolvimento de energias renováveis offshore e outras atividades econômicas marinhas.
Atividade 2.2.3. Economia baixa em carbono. Promoção de energias renováveis e eficiência energética nos setores energéticos como adaptação às mudanças climáticas:
Promover economias de baixo carbono, baseadas em maior penetração de energias renováveis e sistemas mais eficientes, é fundamental para reduzir o consumo de combustíveis fósseis e alcançar maior independência energética.
Objetivo Específico 3 - Consciência ambiental para uma maior adaptação ao consumo de energia.
Atividade 3.3.1. Adaptação às mudanças climáticas dos grandes consumidores:
Esta atividade visa promover a eficiência energética de grandes consumidores, como dessalinizadoras, turismo e indústria, para reduzir o consumo de energia e garantir seu funcionamento adequado diante dos riscos das mudanças climáticas.
Atividade 3.3.2. Adaptação às mudanças climáticas das edificações:
Adotar critérios de arquitetura bioclimática na conceção e construção de edifícios é crucial para reduzir o consumo de energia, tornando-os mais resilientes ao aumento das temperaturas.
Atividade 3.3.3. Adaptação às mudanças climáticas a nível local:
Esta atividade envolve a conscientização da população sobre a necessidade de adaptação a mudanças climáticas, incentivando medidas de eficiência energética, uso de energias renováveis e combate à pobreza energética.