No seguimento da erupção do vulcão islandês, Eyjafjallajökull, cujas cinzas levaram à interdição do espaço aéreo Europeu durante largos períodos de tempo, provocando elevados prejuízos sociais e económicos em vários países, investigadores do Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos da Universidade dos Açores deslocaram-se àquela ilha do Atlântico Norte para participar em mais uma reunião do grupo de peritos internacionais que acompanha e avalia este tipo de fenómenos.

 

A presença de cinzas vulcânicas sobre os céus da Europa era uma situação inimaginável para muitos dos países europeus que não possuem no seu território vulcões activos. No entanto, cenários semelhantes têm sido frequentemente trabalhados por observatórios vulcanológicos pela Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO), Centros de Aviso de Cinzas Vulcânicas (VAAC), centros de controlo aéreo e Organização Mundial de Meteorologia, com o objectivo de testar e avaliar os planos de contingência, procedimentos e a capacidade de resposta das várias entidades envolvidas, incluindo companhias aéreas, e deste modo garantir as máximas condições de segurança ao transporte aéreo.

 

A reunião teve como objectivo avaliar os resultados do último exercício efectuado pelo grupo e que teve por cenário uma erupção centrada na ilha do Faial. Este exercício realizou-se em Março de 2010, pouco tempo antes de se dar a ocorrência da Islândia.

 

Durante a sua deslocação à Islândia, os investigadores Teresa Ferreira e José Pacheco acompanhararam ainda as acções de monitorização que se encontram em curso e integrar uma expedição à cratera do vulcão. Os trabalhos visaram estabelecer novos parâmetros para a modelação de erupções deste tipo e revestem-se de significativa importância para o traçado de cenários eruptivos com interesse para o planeamento de emergência.​