O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) foi fundado a 30 de julho de 2008, tendo por associados a Região Autónoma dos Açores e a Universidade dos Açores, com o objetivo principal de garantir a conceção, desenvolvimento, implementação e gestão de um sistema multiparamétrico de monitorização, alicerçado em critérios científicos e tecnológicos em virtude, entre outras, da “necessidade de se garantir o funcionamento de um serviço integrado para a monitorização e informação permanente dos perigos geológicos que colocam em risco a segurança das populações e a estabilidade social e económica da Região”, conforme enunciado na Resolução do Conselho do Governo n.º 84/2008, de 12 de junho.

O novo protocolo celebrado entre o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) e o CIVISA insere-se no âmbito da mitigação e investigação científica de riscos naturais, privilegiando a cooperação técnica e científica no domínio da vulcanologia e dos fenómenos associados, incluindo erupções vulcânicas, atividade sísmica, explosões de vapor, emanações gasosas, movimentos de vertente, cheias, alterações da linha de costa e maremotos, entre outros. O protocolo visa garantir a vigilância sismovulcânica permanente do território da Região Autónoma dos Açores e da área submarina envolvente ao longo do ano de 2022, bem como a assessoria técnico-científica do CIVISA ao SRPCBA.

Segundo o Presidente da Direção do CIVISA, Doutor Rui Marques, “ao abrigo do presente protocolo, o CIVISA disponibilizará 24 horas por dia, 7 dias por semana, o apoio técnico-científico necessário para a tomada de decisão por parte do SRPCBA, pondo à sua disposição uma equipa multidisciplinar de investigadores e as suas redes de monitorização permanente nas áreas da Geofísica, Geodesia e Geoquímica. A cooperação entre estas duas entidades abrangerá ainda uma componente de formação e a realização de simulações e exercícios no âmbito dos riscos naturais e da proteção civil.”.

Para o Presidente da Direção do CIVISA “é imperativo manter um modelo de financiamento adequado para as atividades de Vigilância Sismovulcânica Permanente da Região Autónoma dos Açores, por forma a possibilitar o cabal cumprimento do objeto estatutário do CIVISA e a elaboração de planos de desenvolvimento a médio e a longo prazo, bem como a realização de investimentos que coloquem esta entidade ao mesmo nível das suas congéneres europeias e mundiais, possibilitando a manutenção e o melhoramento das redes de monitorização e o reforço dos recursos humanos envolvidos que, em grande parte, compreendem investigadores e técnicos altamente qualificados, com formação exclusiva ao nível nacional.”.