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Açores ► Ciência

A investigadora Fátima Viveiros (Foto: in 90 Segundos de Ciência)
23-03-2018 10:20
 
Fátima Viveiros - Medir os níveis de Radão e de Dióxido de Carbono pode ajudar a prever futuras erupções vulcânicas (90 Segundos de Ciência)

Recentemente, a investigadora do IVAR/CIVISA e professora da Universidade dos Açores Fátima Viveiros, foi entrevistada no programa "90 Segundos de Ciência", transmitido duas vezes por dia na Antena 1, de segunda a sexta-feira. A investigadora explicou o papel da Unidade Científica de Geoquímica de Gases do IVAR no âmbito do projeto MARES - “Magma Reservoirs at Oceanic Islands”, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

 

A entrevista pode ser ouvida na íntegra em "90 Segundos de Ciência" - episódio 344, transcrevendo-se em baixo a mesma:

 

«Este grupo de investigação está a medir os níveis de dióxido de carbono e de radão nas ilhas dos Açores, Cabo Verde e Canárias com o objetivo de conhecer como os estes gases evoluem antes, durante e após um período de maior atividade vulcânica. Os resultados deste estudo podem um dia ajudar a prever futuras erupções.​

 

Através deste estudo, Fátima Viveiros, investigadora do Instituto de Vulcanologia e Avaliação de Riscos (IVAR) e professora na Universidade dos Açores (UAC), espera antecipar eventuais alterações no sistema vulcânico em profundidade.

 

“O meu grupo de investigação trabalha essencialmente com os gases vulcânicos, portanto os gases que se libertam em aparelhos vulcânicos. Neste caso a nossa investigação debruça-se essencialmente sobre o dióxido de carbono e o gás radioativo radão. Atualmente estou envolvida num projeto que estuda as emissões gasosas não só dos Açores mas também de outras ilhas da macaronésia, Cabo Verde e Canárias, para compreendermos numa dinâmica global as emissões gasosas e inclusivamente o tipo de vulcanismo a que estão associado”, conta.

 

Para Fátima Viveiros é fundamental saber a origem destes gases para compreender se os mesmos são capazes de sinalizar possíveis alterações que possam ter ocorrido no sistema vulcânico em profundidade.

 

“Se são gases puramente mantélicos, se estão realmente associados à câmara magmática, ou se pode haver uma contribuição mais superficial. Portanto, para os poder aplicar na monitorização vulcânica temos que compreender a origem”, acrescenta.

 

Os três arquipélagos em análise foram escolhidos por terem ilhas com vulcanismo ativo. O que o mantém ativo? Qual a sua origem? São algumas questões que este estudo procura também responder.

 

“Esta característica comum aos três arquipélagos pode dar-nos também ideia da geodinâmica dos mesmos. Ou seja, qual é no fundo a origem do vulcanismo mais lata. Se vem de um hotspot, se vem de uma zona de rift. Há ainda essa discussão sobre a origem do vulcanismo nestes três arquipélagos e estes gases podem também dar uma contribuição para compreender o cenário”, conclui.»



Fontes


90 Segundos de Ciência

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