O furacão Otto, que se formou no mar ao largo das Caraíbas a 21 de novembro como tempestade tropical, entrou com força na Costa Rica no dia 24 de novembro, por volta das 15:00 (hora local; 21:00 UTC), afetando o país com chuvas torrenciais e fortes ventos, com rajadas de até 150 quilómetros por hora. Segundo as autoridades não há registo vítimas, mas o furacão causou danos em estradas e "apagões", e prejuízos menores na Nicarágua.
Em conferência de imprensa, o Presidente da Costa Rica, Luis Guillermo Solís declarou que o Otto atingiu com maior intensidade o norte do país, em zonas como Upala e Los Chiles, onde destruiu estradas e a afetou a rede de energia elétrica, provocando ainda danos em casas. Verificou-se ainda a rutura de uma ligação de fibra ótica, provocando a interrupção dos serviços de telefonia fixa, móvel e internet em duas localidades junto à fronteira com a Nicarágua. Num primeiro balanço, as autoridades costa-riquenhas estimaram os prejuízos na rede viária do país em 8,7 milhões de dólares. Aproximadamente 20 mil pessoas estão sem eletricidade no país devido à queda de linhas e postes, a maioria nas zonas de Los Chiles, Upala e Gatuso, no norte da Costa Rica.
A Costa Rica e a Nicarágua declararam estado de emergência nacional. Os países preparavam-se há dias para a chegada do furacão, o primeiro a atingir diretamente a Costa Rica, segundo os registos, já que o país, atendendo à sua posição geográfica, normalmente apenas sente os efeitos indiretos deste tipo de fenómeno. Segundo o mais recente balanço das autoridades costa-riquenhas, 3655 pessoas estavam abrigadas em 32 abrigos espalhados pelo país.
O furacão Otto seguiu para oeste, perdendo intensidade e tornando-se numa tempestade tropical, segundo o Instituto Meteorológico Nacional (IMN) da Costa Rica. O olho do furacão encontrava-se a 30 km a norte da Costa Rica, com ventos sustentados de até 110 km/h, quando foi anunciado que perdeu força de furacão e passou a tempestade tropical.
Otto foi batizado no dia 21 de novembro, altura geralmente tardia para a formação deste tipo de fenómenos nas Caraíbas. Apenas onze tempestades se formaram tardiamente naquela região desde 1851.