O último balanço quanto às consequências da passagem do furacão Matthew pelo Haiti dá conta de cerca de 900 mortos, 60 mil desalojados, e dezenas de vilas completamente destruídas. A real dimensão da tragédia só agora é que começa a ser revelada, uma vez que só agora foi possível chegar a zonas do sul da ilha que ficaram isoladas e sem eletricidade e telefone. O furacão passou pelo país como furacão de categoria 4 (numa escala de 1 a 5).

 

O país mais pobre de todo o continente americano volta assim a ser afetado após em 2010 ter sido atingido por um sismo devastador, de magnitude 7,0.

 

Depois do apelo haitinano chegou agora ajuda internacional vinda de vários pontos do mundo. Entretanto, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) alertou para um possível surgimento de cólera na sequência da passagem do furacão.

 

Na madrugada deste sábado (8 de outubro), o furacão Matthew passou como furacão de categoria 1 pelo sudeste da Carolina do Sul, registando-se ventos da ordem dos 165 km/h, de manhã, e dos 140 km/h, à tarde. Segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos da América, o olho do furacão passou sobre terra, provocando uma tempestade que, apesar de enfraquecida, ainda causou estragos na região. Até então, o olho do furacão movia-se sobre o oceano, passando pela costa dos estados da Flórida e da Geórgia, como furacão de categoria 3 e 2.

 

De acordo com a agência de notícias Associated Press, pelo menos 10 pessoas morreram na passagem do furacão pelo país, três na Geórgia, outras três na Carolina do Norte e quatro na Flórida.

 

Na Carolina do Sul, o furacão passou perto da cidade de McClellanville, a norte de Charleston, tendo-se registado uma inundação. No sudeste dos Estados Unidos milhares de casas e empresas ficaram sem energia elétrica. Na Flórida cerca de um milhão de pessoas permanece sem energia, na Carolina do Sul, 433 mil estão na mesma situação, e na Geórgia são 275 mil sem energia.