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Instituto de Investigação
em Vulcanologia e Avaliação de Riscos

Artigos em revistas ► nacionais com arbitragem

 

Referência Bibliográfica


MARQUES, R., ZÊZERE, J.L., QUEIROZ, G., COUTINHO, R. (2007) - Actividade geomorfológica desencadeada pela crise sísmica de 2005 no Vulcão do Fogo (S. Miguel, Açores): avaliação da susceptibilidade com recurso a regressão logística. Publicações da Associação Portuguesa de Geomorfólogos, Vol. V, p. 47-61.


Resumo


Teve início a 10 de Maio de 2005 uma crise sísmica na região sismogénica do Fogo-Congro (S. Miguel, Açores). No período entre Maio e Dezembro de 2005 foram registados aproximadamente 46 000 sismos, dos quais cerca de 180 foram sentidos pelas populações das freguesias próximas da área epicentral. Os sismos mais fortes ocorreram nos dias 20 e 21 de Setembro e atingiram magnitudes (ML) de 4,1 e 4,3, respectivamente, tendo desencadeado próximo da zona epicentral mais de 250 movimentos de vertente, maioritariamente do tipo escoada de detritos e deslizamentos translacionais superficiais que rapidamente evoluíram para escoadas detríticas. Devido a estes movimentos de vertente algumas estradas rurais ficaram temporariamente bloqueadas e algumas represas foram formadas no sector montante da bacia hidrográfica da Ribeira Grande.

 

Neste trabalho foi efectuada a análise da susceptibilidade à ocorrência de movimentos de vertente à escala regional, adoptando o método da regressão logística (análise estatística multivariada). As variáveis consideradas incluem: distribuição espacial de movimentos de vertente, inclinação e exposição das vertentes, litologia e distância ao epicentro.

 

A incorporação dos dados das variáveis foi feita num SIG, integrando todos os temas cartográficos considerados, permitindo a definição de scores para cada condição única e a computação dos valores de favorabilidade (indicadores da susceptibilidade) para cada pixel da área de estudo. Os resultados desta metodologia, para a definição da susceptibilidade geomorfológica, foram validados através de uma técnica de correlação cruzada. A série de dados de movimentos de vertente original foi dividida em dois grupos de forma aleatória. O primeiro subconjunto (grupo de computação) foi usado para obter o mapa da predição, e o segundo subconjunto (grupo de validação) foi comparado com os resultados da predição para a validação através da construção de curvas de predição.

Observações


Anexos