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Instituto de Investigação
em Vulcanologia e Avaliação de Riscos

Açores ► Ciência

 
26-05-2005 09:00
S. Miguel
Estação de monitorização de dióxido de carbono instalada na ilha de S. Miguel

O Centro de Vulcanologia da Universidade dos Açores acaba de instalar mais uma estação de monitorização de dióxido de carbono na ilha de S. Miguel, mais concretamente no Vulcão do Fogo. Adquirida no âmbito do Projecto Alerta, financiado através da Iniciativa Comunitária Interreg IIIB Açores - Madeira - Canárias, trata-se da sexta estação da rede permanente de observação do fluxo de gases que esta unidade de investigação opera nos vulcões activos do arquipélago dos Açores. Presentemente, na ilha de S. Miguel funcionam duas no Vulcão das Furnas e outras duas no Vulcão do Fogo. Na ilha Terceira está a ser monitorizado o campo fumarólico das Furnas do Enxofre e na ilha Graciosa a caverna lávica da caldeira.

 

De acordo com a responsável do projecto, Teresa Ferreira, “o equipamento agora instalado vai contribuir significativamente para a compreensão dos processos de desgaseificação do Vulcão do Fogo, permitindo obter em tempo real um vasto conjunto de dados de grande interesse quer sob o ponto de vista da investigação científica, quer no que se refere à análise do estado do sistema vulcânico para efeitos de protecção civil”.

 

O estudo dos gases vulcânicos reveste-se de grande importância mas também de considerável complexidade, uma vez que a libertação de gases depende não só de factores intrínsecos ao próprio sistema, como também de factores meteorológicos como a pressão atmosférica e a precipitação, entre outros. Para identificar e compreender o significado das variações que se vão observando é necessário recorrer à aplicação de métodos estatísticos que têm sido desenvolvidos de forma pioneira na Universidade dos Açores, através do esforço conjunto de investigadores do Centro de Vulcanologia e do Departamento de Economia e Gestão.

 

O objectivo deste tipo de estudos, segundo Fátima Viveiros bolseira de investigação envolvida nos trabalhos, “é conseguir gerar modelos que nos permitam compreender o comportamento dos vulcões e assim detectar anomalias que possam ser indicadoras da sua eventual reactivação”.

 

Os resultados obtidos até à data têm sido apresentados em diversos congressos e discutidos à luz do que vem sendo feito noutras regiões vulcânicas, como é o caso do Etna e do Stromboli, em Itália.



Fontes


Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos

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