Chuvas intensas na República Democrática do Congo e Ruanda causam vítimas mortais
Um movimento de vertente no território de Lubero, no leste da República Democrática do Congo (RDM), na província de Kivu do Norte, tirou a vida a dez pessoas durante a noite da passada quarta-feira. Segundo as autoridades locais, as chuvas fortes que se têm feito sentir na região também causaram a morte a centenas de pessoas, em resultado das consequentes inundações.
Na província de Kivu do Norte, perto da cidade de Rubaya (área de Masisi), seis pessoas também perderam a vida na sequência de um movimento de vertente na mina de Songambele. Adicionalmente, cerca de 100 escavadores de minas ficaram presos nos escombros.
Em simultâneo, as autoridades do território de Kalehe, na província vizinha de Kivu do Sul, continuam os esforços de resgate para encontrar pessoas presas na lama das inundações que já tiraram a vida a mais de 400 pessoas. Na manhã de quarta-feira, o número total de vítimas mortais encontradas era de 426, e aproximadamente 1000 desaparecidos. Os trabalhadores humanitários esperam permanecer na região montanhosa remota durante várias semanas, conscientes da possibilidade de ocorrer um surto de cólera, representado um grande risco para os sobreviventes, devido à falta de saneamento.
O nível de pobreza e a existência de infraestruturas precárias tornam estas comunidades mais vulneráveis a condições climáticas extremas, como precipitação intensa, que se estão a tornar mais frequentes e intensas no continente africano, em resultado das alterações climáticas.
De acordo com Theodoro Lokakao Ilemba, engenheiro de meteorologia e hidrologia, os frequentes episódios de precipitação recentes elevaram o lençol freático na região, tendo aumentado a probabilidade de inundações.
Ruanda, o país vizinho tem sido também afetado pelos mesmos fenómenos, tenho as chuvas intensas provocado, na passada semana, inundações e movimentos de vertente, destruindo mais de 5000 casas e causando 130 mortos.