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Instituto de Investigação
em Vulcanologia e Avaliação de Riscos

Açores ► Ciência

 
21-02-2020 09:10
Funchal
Presidente do CIVISA participou no XIII Encontro de Riscos

Por ocasião do 38º aniversário do Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira (IP-RAM), este Serviço em parceria com a RISCOS (Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança), organizou, de 17 a 18 de fevereiro de 2020, na Região Autónoma da Madeira, o XIII Encontro de Riscos, sob o lema “Madeira, Região Resiliente”.
 
A convite da organização, o Presidente do CIVISA, Rui Marques, apresentou uma comunicação subordinada ao tema “Movimentos de vertente nos Açores: impacte, análise e mitigação”. Durante a sua apresentação teve ainda a oportunidade de divulgar o trabalho que tem sido desenvolvido pelo CIVISA, em parceria com o Instituto de Investigação em Vulcanologia e Avaliação de Riscos, no âmbito da sua missão estatutária: “Assegurar a monitorização e a avaliação dos perigos geológicos nos Açores, para assessorar técnica e cientificamente as autoridades regionais e locais de proteção civil, entre outros, na mitigação dos riscos que possam colocar em causa a segurança de pessoas e bens.”.
 
Este evento acontece por altura do 10.º aniversário das “Aluviões do Funchal” (cheias rápidas), desencadeadas no dia 20 de fevereiro de 2010. Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), na origem do fenómeno esteve um sistema frontal de forte atividade associado a uma depressão que se deslocou a partir dos Açores. O choque da massa de ar polar com a tropical deu origem a uma superfície frontal, que aliada à elevada temperatura da água do oceano acelerou a condensação, causando uma precipitação extremamente elevada num curto espaço de tempo.
 
Em consequência desde fenómeno repentino, toda a zona baixa da cidade do Funchal foi inundada e a circulação viária ficou obstruída por pedras e troncos de árvores arrastadas nas ribeiras de São João, Santa Luzia e João Gomes. Várias freguesias, como Serra de Água, Monte e Curral das Freiras, foram atingidas, tendo várias residências e automóveis (alguns com ocupantes) sido levados pela força das águas. Para além da orografia da ilha, a proximidade de edifícios, vias de comunicação e outros elementos de vulnerabilidade aos cursos de água, potenciou a destruição registada.  Este evento provocou ainda 47 mortos, quatro desaparecidos, 600 desalojados e 250 feridos, e prejuízos materiais avaliados em cerca de 1,3 mil milhões de euros (informação do Diário de Notícias de 19 de fevereiro de 2020).
 
Para o Presidente da Direção do CIVISA, o XIII Encontro Nacional de Riscos foi sem dúvida um importante espaço de partilha entre cientistas de diferentes áreas do conhecimento, políticos e operacionais de proteção civil, que certamente potenciará a colaboração futura entre instituições. Segundo Rui Marques, embora tendo enquadramentos diferentes, a Região Autónoma da Madeira e a Região Autónoma dos Açores têm vários pontos comuns relacionados com as problemáticas do ordenamento do território e dos riscos naturais, nomeadamente com os movimentos de vertente e as cheias rápidas, que poderão ser estudadas em projetos futuros, potenciando sinergias e aproveitando o conhecimento adquirido pelas regiões ao longo dos últimos anos.


      



Fontes


Diário de Notícias Madeira

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