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Mundo ► Ciência

Sismómetro a instalar em Marte (Imagem: NASA/JPL-CALTECH)
26-04-2019 10:45
Marte
Atividade sísmica detetada em Marte

A NASA informou que o sismómetro (SEIS) instalado na superfície do planeta Marte na missão da nave espacial InSight, lançada pela NASA em maio de 2018, detetou sinais de atividade sísmica. Um dos sinais, registado no dia 6 de abril, era bastante claro, e outros três menos evidentes ocorreram nos dias 14 de março, e 10 e 11 de abril. Estes últimos eram mais ambíguos, mas aparentam não ter sido gerados por vento ou outras causas de ruído.

A causa do “martemoto” registado no passado dia 6 ainda é desconhecida, mas os investigadores pensam que se tratem de pequenos movimentos em falhas ou fraturas da crosta rochosa do planeta, uma vez que em Marte não existem placas tectónicas, que são a fonte da maioria dos terramotos na Terra. Quando as tensões aumentam devido ao peso ou seu arrefecimento lento, as rochas fraturam e é libertada energia. Uma vez que as ondas sísmicas passam por várias rochas de tipos e idades diferentes, estes sinais podem fornecer informações cruciais sobre a estrutura e o interior do planeta. A causa para os “martemotos” pode ser assim semelhante à dos abalos na superfície da Lua também.

A deteção desses “martemotos” representa um verdadeiro feito tecnológico. No nosso planeta, os sismómetros de alto desempenho são frequentemente colocados no subsolo para serem protegidos de mudanças de temperatura e clima. Mas o sismómetro SEIS não pode ser enterrado em Marte. Para isso, foram colocados em prática vários dispositivos para protegê-lo das variações de temperatura, extremamente importantes em Marte e outras fontes de ruído, tais como um escudo protetor, chamado "Wind and Thermal Shield", que ajuda a reduzir o ruído ambiental, protegendo o SEIS contra flutuações de vento, poeira e temperatura. Como resultado, até ao momento, a sensibilidade do SEIS supera todas as expectativas da equipa.

A missão da InSight começou com um lançamento em maio de 2018 e uma chegada à superfície de Marte em dezembro, altura desde a qual a sonda está a aguardar para captar indícios de um “martemoto”, isto é um sismo no Planeta Vermelho. Para esta monitorização, a sonda conta com um aparelho muito sensível criado pela agência espacial francesa, o Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES), e que está selado em vácuo para conseguir captar os mais ínfimos sinais de perturbação na crosta marciana.


Fontes


Exame de Informática
The Planetary Society
IPGP

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