​Sob coordenação do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA), decorreu na ilha Terceira, entre os dias 20 e 24 de novembro, o exercício de Proteção Civil “Touro 17”.

Desenhado para treinar a estrutura operacional das diferentes entidades com responsabilidade em matéria de Proteção Civil, o exercício desenvolveu-se em torno de um cenário de crise sísmica com um sismo destruidor.

O cenário desenvolvido com a colaboração do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA), baseou-se na ocorrência de uma crise sísmica a ESE da ilha Terceira, localizada numa zona epicentral que se estendeu cerca de 29 km a E de Porto Martins até cerca de 41 km a SE da Vila de São Sebastião. Durante o exercício foram simulados dois sismos mais energéticos, um de magnitude 4,5 e outro de magnitude 7,2 (Richter), ambos sentidos pela população com intensidades máximas V/VI e VIII/IX (Escala de Mercalli Modificada).

No decorrer do exercício foram simulados pedidos de socorro de cidadãos, habitações destruídas, estradas obstruídas, populações isoladas, evacuações de populações, pessoas desaparecidas e outros acidentes e incidentes que se enquadraram na situação simulada. Segundo o Presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA), Tenente-coronel Carlos Neves, os cenários foram criados de forma a aumentar a dificuldade na coordenação e gestão dos meios, dificultar a capacidade de comunicação, bem como testar ao máximo a capacidade de resposta dos agentes envolvidos.

Durante o exercício, o CIVISA acompanhou o desenvolvimento da crise sísmica e procedeu ao envio de comunicados sismológicos para o SRPCBA. Foi ainda efetuada a análise macrossísmica dos sismos mais energéticos e várias videoconferências com o SRPCBA. Para Rui Marques, Diretor Executivo do CIVISA, foi uma oportunidade de testar a prontidão e as capacidades dos técnicos e investigadores do CIVISA, que tiveram de acompanhar permanentemente a crise sísmica e diagnosticar e reagir a algumas anomalias técnicas na transmissão de dados das estações sísmicas. Houve ainda a oportunidade de testar os meios de comunicação entre as entidades e de melhorar alguns procedimentos.

Foram igualmente parte integrante do Exercício “Touro 17” várias corporações de bombeiros das ilhas Terceira, São Jorge, Pico e Faial, várias direções regionais (Direção Regional da Saúde, Direção Regional do Turismo, Direção Regional das Obras Públicas e Comunicações, Direção Regional da Habitação, Direção Regional do Ambiente e dos Recursos Florestais), o Laboratório Regional de Engenharia Civil, o Instituto da Segurança Social dos Açores, algumas câmaras municipais através dos seus Serviços Municipais de Proteção Civil (Câmara Municipal de Angra do Heroísmo e Câmara Municipal da Praia da Vitória), o Comando Operacional dos Açores (COA), a Polícia de Segurança Pública (PSP) e a Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Associações de Radioamadores da Ilha Terceira.