Tufão Hato causa cinco mortos e centenas de feridos ao passar em Macau
A cidade de Hong Kong foi fortemente afetada esta quarta-feira, dia 23, depois de ter sido atingida pela que é considerada a maior tempestade dos últimos cinco anos, a qual tirou a vida a cinco pessoas na cidade vizinha de Macau e paralisou cidades inteiras da costa sul da China continental.
O tufão Hato alcançou o nível mais elevado no sistema de alerta de tempestades de Hong Kong pela primeira vez desde 2012, forçou o cancelamento de centenas de voos de e para a cidade e em torno da região. Este nível foi elevado passava pouco das 9 horas (hora local), no momento em que o tufão passava a cerca de 80 km de Hong Kong, tendo permanecido em vigor por cinco horas, enquanto que passava pela cidade com chuva torrencial e ventos com rajadas que atingiram 207 km/h. Hato chegou a cerca de 60 km de Hong Kong, antes de se dirigir para oeste em direção à China continental, onde gradualmente foi enfraquecendo. Os moradores foram alertados a estarem preparados para ventos destrutivos, possíveis inundações e movimentos de vertente e recomendados a que se afastassem de áreas baixas perto da costa, devido à possibilidade das ondas causarem inundações.
Vídeos publicados na internet mostram a intensidade dos ventos, arrastando automóveis, arrancando telhados de edifícios e destruindo guindastes de construção. Vários edifícios destinados a dormitórios temporários em locais de construção civil são arrastados e levados pelo vento como brinquedos.
O serviço Meteorológico da China informou que a tempestade obrigou a evacuação de milhares de pessoas nas regiões costeiras. Estações de comboios foram encerradas, barcos de pesca voltaram para o porto, quando se esperavam ondas de 10 metros de altura no Mar da China Meridional.
Macau foi a região mais fustigada pelo tufão, com a morte de cinco pessoas, cerca de 153 feridos e duas pessoas desaparecidas, avançaram as autoridades locais. Grande parte da cidade continua sem eletricidade. O Centro Hospitalar Conde de São Januário, o único hospital público de Macau, teve de ativar o gerador de “backup” para o fornecimento de iluminação de emergência e eletricidade, de modo a assegurar os serviços básicos.
Embora a intensidade da tempestade ter suspendido as ligações entre a península de Macau e a Taipa, as ligações aéreas e marítimas e obrigado a encerrar as fronteiras, no início da noite (hora local) as pontes foram parcialmente abertas e reiniciadas as viagens de barco e avião. Os serviços de telecomunicações afetados pelo corte de energia ainda não foram restaurados.
De acordo com o Observatório de Hong Kong, o nível de alerta de tempestades foi elevado a 10 apenas 14 vezes desde 1946, ou uma vez a cada 72 tempestades. A última vez que aconteceu foi com o Tufão Vicente em 2012.