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Vulcão submarino Lō'ihi. Esquerda: mapa batimétrico da região. Direita: sismicidade registada num período de 30 dias a terminar no dia 22 de junho (Imagens: USGS HVO)
30-06-2017 11:00
Havai
Incremento de atividade sísmica no vulcão submarino Lō'ihi, Havai

Nos últimos dias tem-se verificado um incremento da atividade sísmica no vulcão mais recente e ainda submarino da cadeia de ilhas do Havai, Lō'ihi, localizado a 24 km a sudeste de Pāhala, no distrito de Ka'ū, no Condado de Hawai'i. O aumento de atividade sísmica remonta a fevereiro de 2017, mas foi no dia 22 de junho que o USGS Hawaiian Volcano Observatory (HVO) publicou uma nota informativa. Nos últimos dois dias, o número de eventos duplicou aquele verificado ao longo das últimas 2-4 semanas. A sismicidade em Lō'ihi é monitorizada há já 50 anos através de estações sísmicas localizadas nas ilhas vizinhas.
 
No final do passado mês de fevereiro o HVO detetou um ligeiro aumento da sismicidade localizada nas proximidades de Lō'ihi, um vulcão em escudo basáltico. A atividade anterior, em especial no período compreendido entre janeiro de 2015 e fevereiro de 2017, era caracterizada pela ocorrência, em média, de um sismo por dia. Desde então, a frequência tem vindo a aumentar gradualmente. Só em junho, e até ao dia 22, registaram-se 51 sismos na região do vulcão submarino, cujo ponto mais alto se situa a cerca de 1 km abaixo do nível da água do mar. O HVO informa que, embora não exista uma rede sísmica permanente em Lō'ihi que permita uma localização epicentral precisa tal como no Kilauea ou em Mauna Loa, devido ao facto de ser um vulcão submarino, a sismicidade registada durante o mês de junho parece estar localizada em torno de 10 a 12 km abaixo do nível do mar e estender-se do topo de Lō'ihi para sul.
 
Desde 1952 que os cientistas do HVO interpretam estes incrementos ocasionais de atividade sísmica como indicadores de vulcanismo ativo. No entanto, a atividade sísmica por si não indica conclusivamente que Lō'ihi está em erupção. Mas o facto dos epicentros se localizarem diretamente sob a região do cume do vulcão sugerem, de forma plausível, origem magmática ou vulcânica, tais como ajustes dentro do reservatório de magma ou do edifício vulcânico. Os cientistas do HVO informam que são esperados muitos mais sismos associados a uma erupção.
 
A erupção confirmada mais recente de Lō'ihi ocorreu em 1996. Em julho daquele ano iniciou-se um enxame sísmico que se intensificou rapidamente, que justificou a realização de uma expedição científica a Lō'ihi. Entre julho e setembro de 1996 foram registados milhares de sismos sob o cume do vulcão e no flanco sul, com mais de uma dúzia de eventos com magnitude superior a 4,5. A visualização e a cartografia subsequentes da região do topo de Lō'ihi mostraram que, consistente com o movimento do magma, uma parte significativa do topo do vulcão submarino tinha colapsado. A presença de escoadas lávicas em almofada (“pillow lavas”) e fragmentos vítreos amostrados durante campanhas de mergulho confirmaram a ocorrência da erupção.
 
Como Lō'ihi ainda está tão profundo sob a superfície do oceano, o USGS considera-o como um vulcão de baixa ameaça, não havendo planos imediatos para instrumentos de monitorização. Os cientistas adiantam ainda que não se sabe quando é que Lō'ihi vai alcançar o nível do mar, mas especulam que com uma taxa de crescimento de pouco mais de 4,9 m por mil anos, levará até 200,000 anos para atingir a superfície do oceano.


Fontes


Big Island Video News
USGS Hawaiian Volcano Observatory

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