Iniciar sessão

Navegar para Cima
Instituto de Investigação
em Vulcanologia e Avaliação de Riscos
Última hora:



Mundo ► Fenómenos Naturais

Equipa UniCV-INVOLCAN-SNPC a realizar medições de dióxido de carbono (Foto: Uni-CV)
09-08-2016 10:15
Cabo Verde
2º Relatório da missão à ilha Brava

A equipa de cientistas e técnicos da Universidade de Cabo Verde (UniCV), do Instituto Vulcanológico das Canárias (INVOLCAN) e do Serviço Nacional da Proteção Civil (SNPC), que inclui os colaboradores dos CVARG Vera Alfama e Jeremias Cabral, continuam os trabalhos na ilha Brava, no sentido de realizar uma nova campanha de monitorização geoquímica de desgaseificação difusa de dióxido de carbono (CO2) do sistema vulcânico insular da Brava. A missão decorre na sequência de uma crise sismovulcânica iniciada no dia 2 de agosto pela madrugada, segundo informações do Instituto Nacional da Meteorologia e Geofísica (INMG), que implicou a evacuação das populações das localidades de Cova Joana e Benfica.
 
A UniCV publicou no seu portal o segundo relatório da missão que apresenta as medições de fluxo de CO2 em várias localidades da ilha ao longo dos últimos dias:
- no dia 4 de agosto realizaram-se 24 medições, registando-se valores não detetáveis (<1,5 g·m-2·d-1) até valores máximos de 34 g·m-2·d-1 nas localidades de Furna, Santa Bárbara, Vila Nova de Sintra e Fajã de Água;
- no dia 5 de agosto realizaram-se 49 medições, registando-se valores não detetáveis (<1,5 g·m-2·d-1) até valores máximos de 11 g·m-2·d-1 nas localidades de Cachaço, Campo Baixo, Tantum, Nossa Senhora do Monte, Mato, Pau e Fajã de Água;
- no dia 6 de agosto realizaram-se 29 medições nas localidades de Baleia, Braga e Covoada, registando-se valores não detetáveis (<1,5 g·m-2·d-1) até valores máximos de 32.500 g·m-2·d-1. Estes valores máximos foram registados em Baleia e, também foram registados em campanhas científicas anteriores, realizadas durante o período 2010-2013;
- no dia 7 de agosto realizaram-se 16 medições, registando-se valores não detetáveis (<1,5 g·m-2·d-1) até valores máximos de 26 g·m-2·d-1 nas localidades de Mato, Fontaínhas e Mato Grande.
 
A equipa UniCV-INVOLCAN-SNPC continuará na ilha Brava nos próximos dias, no sentido de acompanhar a evolução da atividade e finalizar uma nova campanha científica de desgaseificação difusa de CO2 que compreende a realização de cerca de 280 medições de fluxo de CO2.
 
A monitorização da desgaseificação difusa em sistemas vulcânicos é de grande utilidade para a vigilância vulcânica, sendo o CO2 um dos principais gases libertados. Essas emissões são invisíveis para o olho humano, porém podem ser detetadas pelos sensores de infravermelhos portáteis, que permitem avaliar a quantidade de CO2 que o sistema vulcânico emite para a atmosfera, assim como detetar a localização de emissões anómalas. A deteção de mudanças significativas nos valores de desgaseificação difusa de CO2 em áreas vulcânicas ativas, assim como alterações na distribuição espacial das emissões anómalas de CO2 no ambiente superficial, podem estar relacionadas com movimentos do magma em profundidade e/ou mudanças na atividade sismovulcânica. São, portanto, considerados excelentes sinais de alerta precoce sobre os fenómenos vulcânicos.


Fontes


Uni-CV

Informação Relacionada


Imagens Adicionais


Anexos



Notícias Relacionadas