Desde o dia 14 de março que se tem vindo a registar sismos (enxame sísmico) de baixa magnitude sob o Monte Santa Helena nos Estados Unidos da América, caso que leva os investigadores a acreditar que está a ocorrer outra fase de recarga de magma no sistema. Os sismos localizam-se a baixas profundidades, entre 2 a 7 km sob a cratera, variando a magnitude entre 0 a 3 na escala de Richter.
De acordo com o United States Geological Survey (USGS), até ao momento já se registaram mais de 130 sismos, e a frequência mostra uma tendência crescente de quase 40 sismos por semana. Os sismos são de origem vulcano-tectónica, indicativos de deslocamento numa falha de dimensões reduzidas. São eventos comuns em sistemas hidrotermais e magmáticos. Vulcanólogos e sismólogos do USGS interpretam a área vertical onde estes sismos ocorrem como uma zona onde uma pequena quantidade de magma tem vindo a ascender para a câmara magmática, pressionando e fraturando as rochas encaixantes.
O enxame sísmico atual é semelhante a outros que vêm ocorrendo no vulcão desde 1988. A maioria dos enxames sísmicos, não só no Monte Santa Helena, mas em quase todos os vulcões, não são seguidos de erupção, ou pelo menos, não imediatamente. No caso deste vulcão, o enxame sísmico que ocorreu entre 1998 e 1999 precedeu a pequena erupção efusiva durante o período 2004-2008.
Por enquanto, o USGS mantém o nível de alerta do vulcão verde (normal), uma vez que o incremento da atividade sísmica ainda não justifica um aumento no alerta. Para além da sismicidade, nenhuma outra técnica de monitorização mostra variações; por enquanto ainda não foram detetadas emissões anómalas de gases, ou deformação crustal (empolamento do edifício vulcânico).
O vulcão com cerca de 2 549 metros de altura, localizado no estado de Washington, exibiu uma violenta erupção em 1980, quando o flanco norte do vulcão colapsou após um sismo de magnitude 5, acabando por matar cerca de 57 pessoas, e provocar inúmeros incêndios florestais, inundações e danos generalizados.