O número de vítimas do sismo de magnitude 7,8 que afetou no passado dia 16 de abril, às 18:58 (hora local, 23:58 UTC), a região de Muisne, no Equador, continua a aumentar. Estão confirmados 525 mortos, estimando-se que permaneçam ainda 231 a 1700 pessoas no meio dos escombros. As autoridades oficiais indicam mais de 4000 feridos.
O último relatório da Secretaria Nacional do Equador para a Gestão do Risco (SGR) refere que 20503 pessoas estão desalojadas, situação que as deixa vulneráveis à água potável suja e a doenças, 805 edifícios ficaram destruídos e 608 ficaram afetados, e ainda 146 escolas foram afetadas. A Cruz Vermelha do Equador estima que cerca de 70 a 100 mil pessoas possam ter sido afetadas. Grande parte da região ficou também sem energia elétrica que, entretanto, está a ser restabelecida.
De acordo com as declarações prestadas pelo presidente Rafael Correa durante a sua visita à zona mais afetada, o custo da reconstrução pode ascender aos 3 mil milhões de dólares americanos.
O sismo localizou-se a cerca de 27 km a SSE de Muisne, 52 km a W de Rosa Zarate e a 68 km a SSW de Propicia no Equador, a cerca de 19,2 km de profundidade (dados do United States Geological Survey, USGS).
Continuam a registar-se réplicas, algumas das quais com magnitude moderada a elevada. Segundo um comunicado do Instituto Geofísico de la Escuela Politécnica Nacional, a Rede Nacional de Sismógrafos já registou um total de 541 réplicas, considerando apenas os sismos localizados na zona de rotura do sismo principal. Durante esta madrugada registaram-se réplicas importantes, uma às 03:33 (hora local) com magnitude 6,1 (Mw) e localizada a uma profundidade de 16,1 km, e outra às 03:35 (hora local), com magnitude 6,3 (MW) e a 9,3 km de profundidade. Os epicentros situaram-se na parte norte da zona de rotura, a poucos quilómetros a norte de Muisne, no mar. Estes eventos foram bem sentidos nas províncias de Esmeraldas, Manabí, Santo Domingo de los Tsáchilas, Imbabura e em alguns edifícios de Quito e Guayaquil.
O Instituto Geofísico de la Escuela Politécnica Nacional acrescenta que é provável que durante as próximas semanas se continuem a registar réplicas, a maioria das quais com magnitudes baixas (entre 3,5 e 5,0), podendo ocorrer casos com magnitudes superiores a 6,0.