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Mundo ► Ciência

Ilustração de dois buracos negros a convergirem, gerando ondas gravitacionais (Imagem: R. Hurt/Caltech-JPL in Mashable)
12-02-2016 23:00
Estados Unidos da América
Cientistas detetam pela primeira vez ondas gravitacionais

Cientistas do Observatório Norte-Americano de Interferometria Laser (LIGO) anunciaram ontem, numa conferência em Washington, a deteção de ondas gravitacionais, descoberta que abre a porta à redescoberta do Universo.
 
A existência deste tipo de ondas tinha já sido proposta há um século atrás pelo físico teórico alemão Albert Einstein (1879-1955), que defendeu, na Teoria da Relatividade Geral, que os objetos que se movem no Universo produzem ondulações no espaço-tempo e que estas se propagam pelo espaço. No entanto, Einstein nunca conseguiu observar este fenómeno. Era o último desafio da sua teoria demonstrar a existência deste tipo de ondas de forma direta. Os investigadores afirmam ter completado o legado do físico alemão.
 
As ondas gravitacionais são produzidas por eventos astronómicos cataclísmicos e deformam o “tecido” do espaço-tempo ao propagarem-se pelo Universo à velocidade da luz, tal como a queda de uma pedra num lago produz ondas que deformam a superfície da água. Contudo, as oscilações que produzem são muito mais subtis quando comparadas com outros tipos de radiação.
 
As ondas foram registadas às 09:51 TMG do passado dia 14 de setembro de 2015 por dois interferómetros idênticos do LIGO instalados em Livingston (Louisiana) e em Hanford (Washington), Estados Unidos da América, tendo sido emitidas pela colisão de dois buracos negros com cerca de 30 vezes a massa do Sol que, ao girar em torno um do outro, foram descaindo e girando cada vez mais depressa até ocorrer a sua fusão, formando-se um único buraco negro e gerando ondas gravitacionais. O evento aconteceu há cerca de 1,3 mil milhões de anos-luz, mas como a luz viaja a uma velocidade finita, só há poucos meses é que atingiu os detetores do LIGO.
 
As ondas gravitacionais transformam informação sobre o movimento dos objetos no Universo, esperando-se, assim, que permitam observar a história do Cosmos até épocas remotas.


Fontes


Público
Notícias ao Minuto
Açoriano Oriental
Mashable
News Discovery

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