As últimas atualizações referentes à tempestade tropical Alex mostram que já se intensificou, passando a furacão de categoria 1 e continuando a sua trajetória em direção aos Açores.
Prevê-se assim um aumento da intensidade do vento e da agitação marítima (relativamente ao aviso emitido anterior), em especial nas ilhas do Grupo Central.
Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), as ilhas do grupo Oriental estão hoje sob aviso laranja relativamente à chuva até às 02:00 hora local de dia 15. A partir das 23:00 hora local de hoje, o alerta laranja entra em vigor para a agitação marítima e vento para o grupo Oriental, mantendo-se até às 14:00 e 05:00 hora local, respetivamente. A partir das 23:00 hora local, o Grupo Central vai estar também em alerta laranja relativamente a vento e agitação marítima até às 05:00 hora local, e a precipitação até às 02:00 hora local.
A partir das 02:00 e 05:00 hora local do dia de amanhã, as ilhas destes grupos passam a estar sob aviso vermelho, o mais grave numa escala de quatro, referente a precipitação e vento, respetivamente, com rajadas que poderão ultrapassar os 130 km/h no grupo Oriental e os 170 km/h no grupo Central. Este último vai estar ainda em alerta vermelho referente a agitação marítima a partir das 05:00 hora local. Os alertas mantêm-se ativos até às 14:00 hora local.
O IPMA emitiu ainda o alerta amarelo para vento para o grupo Ocidental, no período entre as 05:00 e as 11: 00 hora local de amanhã.
Segundo especialistas, o furacão Alex é um fenómeno raro, devido ao facto de se ter formado no mês de janeiro. Segundo a Meteorologista Vanda Costa, o ciclone estará sensivelmente a cerca de 1 260 quilómetros a sul-sudeste dos Açores, e deverá atravessar o arquipélago entre o grupo Central e o grupo Oriental a partir da noite de hoje, dia 14 de janeiro. Para além do vento que pode atingir velocidades elevadas e da precipitação associada, podem-se originar também fenómenos extremos de chuva, de vento e de agitação marítima, havendo ainda a possibilidade da ocorrência de fenómenos associados, como movimentos de vertente e cheias.
Dado a sua raridade, e de acordo com o Centro Nacional de Furações (NHC) dos Estados Unidos da América, esta é apenas a quarta vez, desde 1851, que se forma um ciclone tropical no Atlântico Norte nesta época do ano.
Para situações como esta, a Proteção Civil aconselha à população a adoção de comportamentos adequados como desobstruir os sistemas de escoamento das águas e a retirada de inerentes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento, bem como manter limpos os sistemas de drenagem e consolidar telhados, portas e janelas e garantir uma adequada fixação de estruturas soltas.
O IPMA e a Proteção Civil açoriana sugerem o acompanhamento da evolução da situação meteorológica.