O fenómeno El Niño é caracterizado pelo aquecimento da zona este do Oceano Pacífico, situação que durante o fenómeno abranda os ventos que normalmente empurram águas quentes do Pacífico em direção à Austrália e Indonésia, podendo mesmo inverter as correntes e assim as águas mais quentes são levadas para a América do Sul. Este fenómeno, que se repete em média entre 2 a 7 anos, altera os padrões climáticos mundiais, sendo no entanto mais pronunciado nas zonas do Pacífico, gerando tempestades na costa oeste dos Estado Unidos e fortes chuvas na América do Sul. Simultaneamente, provoca tempo muito seco na Austrália e sul da Ásia, sendo que quanto mais pronunciado este fenómeno, ou seja, quanto maior a temperatura no Pacífico este, mais pronunciados são estes efeitos.
O El Niño de 1997/1998 foi considerado o mais forte do século XX, atingindo 2.3 na escala do Índice Oceânico do El Niño (Oceanic Niño Index). No entanto, a maior parte das previsões aponta que o fenómeno que decorre este ano ultrapasse 2.0 na escala, podendo mesmo ultrapassar 3.0, e que o fenómeno se prolongue durante o Inverno ou até mesmo a Primavera de 2016. Desta forma, é provável que o fenómeno contribua para uma época de tornados acima do normal na baía central e oriental do Pacífico e para uma época de furacões abaixo do normal no Atlântico.
Continua a discussão se o fenómeno é agravado pelas alterações climáticas, pois apesar de as zonas que já estão a sofrer as consequências das alterações climáticas serem as mais afetadas habitualmente, não existe evidência científica que possa provar essa relação.