O tufão Hagupit, que assolou as Filipinas nos últimos três dias, provocou uma vasta destruição e mais de 20 mortos, a maior parte dos quais na ilha de Samar, localizada na parte sul do arquipélago. No sábado, dia 6 de Dezembro, os ventos atingiram os 250 km/h. O tufão foi perdendo intensidade à medida que foi progredindo de leste para oeste, passando na segunda-feira, dia 8, a tempestade tropical, com ventos de 160 km/h. Na madrugada desta terça-feira, dia 9, passou como depressão tropical por Manila, a capital das Filipinas, onde dezenas de milhares de pessoas, em particular nas áreas pobres próximas do litoral, se refugiaram em escolas e abrigos de emergência criados pelas autoridades. O aeroporto de Manila suspendeu dezenas de voos.
O número de vítimas mortais pode aumentar à medida que as equipas de busca e salvamento cheguem aos locais mais isolados. As autoridades aguardam ainda informações das 7100 ilhas que integram o arquipélago.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), cerca de 800 mil trabalhadores (20% da população empregada) foram afectados pelo tufão. Destes, aproximadamente 370 mil encontravam-se em situação de emprego precário. Em resposta ao impacto do Hagupit, a OIT vai disponibilizar 1,5 milhões de dólares norte-americanos e apoiar o Governo através da criação de “empregos de emergência”.
O tufão Hagupit destruiu milhares de casas em localidades isoladas, inundou várias cidades, derrubou postes de energia elétrica e provocou movimentos de vertente que bloquearam estradas. No entanto, até ao momento, os danos registados são menores do que os provocados pelo tufão Haiyan, que passou pela região leste do país a 8 de Novembro de 2013, causando mais de 7 mil mortos e cerca de 600 mil desalojados. As autoridades governamentais realçam que o plano preventivo de evacuação de moradores, organizado desde sexta-feira, salvou muitas vidas. Quase 130 mil famílias foram retiradas de casa nas semanas antes da passagem do tufão e foram criados abrigos e centros de distribuição de comida e ajuda com bastante antecedência.
Esta região é frequentemente afectada por tempestades tropicais, registando uma média de 20 tufões por ano, formados no Oceano Pacífico.