Segundo João Luís Gaspar, "nos Açores muito se fez, mas muito há ainda a fazer: o Estatuto Político-Administrativo da RAA deve ser assumido e aplicado em matéria de protecção civil e segurança, redefinindo-se as responsabilidades, os canais e os procedimentos entre as entidades regionais e nacionais; o edifício de protecção civil deve ser revisto, eliminando-se problemas estruturais e políticos e adequando-se os meios às competências de cada uma das partes intervenientes; a ligação entre todos os agentes de protecção civil deve ser optimizada e a formação de profissionais incentivada; o planeamento de emergência deve ser adaptado à natureza dos perigos existentes e à sua escala de impacte, ultrapassando os limites administrativos do ordenamento do território; os exercícios de protecção civil devem assentar em cenários realistas e ser orientados para melhorar a eficácia do sistema; a dinamização de uma cultura de protecção civil deve passar pela revisão de conteúdos programáticos ao nível do ensino básico e secundário e estender-se à população em geral, através de um programa de formação dirigido para a difusão de conceitos científicos e operacionais aos cidadãos".

 

Para aquele responsável, estes são motivos de reflexão para a redefinição das políticas públicas em matéria de protecção civil, numa altura em que "o desenvolvimento potencia a dimensão das catástrofes ao mesmo tempo que as dificuldades económicas exigem maior rigor na gestão dos recursos existentes".